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História da Martinha: a coruja da Rui Barbosa

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Queridos amigos Biblioteca Escolar Comunitária Espaço Rui Barbosa, todos aqueles que acompanham a trajetória da BECERB sabem quantas dificuldades foram enfrentadas para garantirmos o espaço de estudo e pesquisa, mas também acompanharam tantos momentos maravilhosos de celebração e alegria. Nós da Equipe de Suporte Pedagógico BECERB, costumamos dizer que o bom humor e a alegria vivem a nos brindar com situações inusitadas aqui na biblioteca. Uma destas situações mágicas e lúdicas que só acontecem nos lugares abençoados, foi por nós batizada de Martinha a Coruja.
Quem frequenta a BECERB vai lembrar que tivemos durante muito tempo a presença de uma assídua visitante. Uma corujinha da espécie Athene cunicularia, popularmente conhecida como Coruja-Buraqueira (http://www.avesderapinabrasil.com/athene_cunicularia.htm). Pois bem, essa corujinha passou a se aninhar na biblioteca num cantinho próximo as estantes de livros, seu local de preferência. Sua presença no começo causou estranheza e gerou a curiosidade dos frequentadores da Rui Barbosa, principalmente pela sua persistência em permanecer ali sem arredar o pé. Alguns frequentadores tinham medo, outros ficaram intrigados, mas aos poucos todos foram se acostumando com os penetrantes e atentos olhos de nossa amiguinha emplumada.
Para nós aqui da BECERB a escolha da Martinha por estar aqui na biblioteca é completamente compreensível, afinal de contas a coruja é o símbolo da sabedoria e da Filosofia, portanto nada mais natural ela se sentir acolhida neste espaço de l eitura, conhecimento e pesquisa, assim como também acabou sendo natural adotá-la como símbolo da Rui Barbosa.
Por que Martinha? Alguns devem estar se perguntando, realmente não sabemos, olhamos para ela e esse nome veio assim do nada. E se ela for uma coruja macho? Já perguntaram alguns. Bom como ela não reclamou do nome vamos deixar como está,rs..rs...rs...
A Marta nos trás uma bela lição, a vida pode ser encarada como uma mera sequência de ações frias e cotidianas, ou pode por outro lado ser percebida em sua poesia e beleza, isso vai depender de cada um de nós.
E como não poderia deixar de ser, segue abaixo uma pequena explicação sobre o simbolismo da coruja.
Um abraço a todos! |
Equipe de Suporte Pedagógico da Biblioteca Escolar Comunitária Espaço Rui Barbosa
A Coruja como Símbolo da Sabedoria |
Na mitologia grega, a deusa Athena é considerada a deusa da sabedoria, das ciências e das artes e tinha como animal de estimação uma coruja. Athena é a patrona da cidade de Atenas, considerada na Grécia antiga como uma das cidades-estado mais desenvolvida no aspecto cultural.
Associar a coruja à deusa da sabedoria contribuiu para que essa ave se tornasse também símbolo da filosofia. Contudo, tal simbologia se consolidou quando um importante filósofo alemão, chamado Hegel (1770-1831) pronunciou uma célebre frase que dizia que “... assim como a coruja de Minerva (Athena) levanta voo ao entardecer, a filosofia somente avança sobre a história humana desde que ela tenha ocorrido”.
A própria fisiologia e hábitos da coruja também ajudam a entender a sua associação à sabedoria e a Filosofia, vejamos:
- A coruja é um pássaro que possui uma visão apuradíssima. Sua capacidade de enxergar é 150 vezes maior que a capacidade humana. Essa visão privilegiada é que possibilita à coruja capturar com precisão suas presas na escuridão da noite;
- A coruja também consegue girar sua cabeça quase que completamente, sendo possível ver e observar praticamente todos os lados. Por ser sem dúvida uma ave caracterizada por hábitos diferentes das outras aves, a coruja é mais que uma simples observadora: é misteriosa, esperta e curiosa.
“A filosofia é assim como a coruja: enxerga além. A atitude filosófica possibilita enxergar a realidade de uma forma mais crítica e apurada ao permitir um salto qualitativo em relação ao conhecimento do senso-comum. Assim como a coruja “vê além”, a filosofia rompe com o óbvio, com a conformidade do cotidiano, fazendo com que lancemos sobre o próprio cotidiano, perguntas essenciais sobre a necessidade de descobrir quem somos e por que vivemos”. (Maurício Colenghi Filho, Professor de Ética e Cidadania do Colégio IESP)